Essa história de usar nomes falsos para relatar fatos, me aborrece. Por isso, este meu relato vai com todos os nomes e sobrenomes.
sábado, 24 de setembro de 2011
Anáfora e catáfora
A anáfora tem como função 'lembrar'. É o termo usado em um texto para relembrar ou retomar algo que já foi dito. Ao contrário da anáfora, acatáfora tem a função de anunciar o que vai ser dito. Esses termos são estudados em coesão textual. Por exemplo, a gramática tradicional diz que o demonstrativo 'este' é catafórico, porque deve referir-se a algo que será apresentado; e 'esse' é anafórico, porque refere-se a algo que já foi anunciado no texto ou no contexto. Por exemplo:
Essa história de usar nomes falsos para relatar fatos, me aborrece. Por isso, este meu relato vai com todos os nomes e sobrenomes.
Essa história de usar nomes falsos para relatar fatos, me aborrece. Por isso, este meu relato vai com todos os nomes e sobrenomes.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Nomes próprios : Nelson Motta
Sexta-feira, Setembro 16, 2011
Nomes próprios : Nelson Motta
O Globo - 16/09/2011 |
Como expressão de afeto e intimidade, os apelidos dizem mais das pessoas do que seus próprios nomes. Como maledicência, às vezes geram obras-primas de humor e crítica social. O ex-deputado alagoano Cleto Falcão, que as más línguas diziam ser meio agatunado, foi apelidado de Clepto Falcão. E o ex-governador mineiro Hélio Garcia, que seria muito chegado aos copos, de Ébrio Garcia. Brasília gargalhou quando o baixinho Celso Amorim, por sua mania de grandeza, foi alcunhado de Megalonanico. No Paraná, todos sabem que o ex-governador Requião é chamado de Maria Louca, mas há controvérsias sobre a sua origem. Garotinho surrupiou o apelido de um famoso locutor esportivo carioca. ACM alcunhou, com sucesso, Michel Temer de "mordomo de filme de terror". Grande mestre do uso político de apelidos, Brizola provocou gargalhadas e estragos eleitorais chamando Lula de "sapo barbudo", Moreira Franco de "gato angorá" e Collor de "filhote da ditadura". Em diálogos entre corruptos gravados pela PF, Sarney é chamado de "madre superiora". Faz sentido. "Rei", só existem dois, Roberto Carlos e Pelé, e "Bruxo" também: Machado de Assis e Golbery do Couto e Silva. Como siglas, só três sobrevivem: JK, ACM e FHC. Grandes craques têm sempre apelidos, Pelé, Zico, Tostão, Didi, Fenômeno, ninguém pode bater um bolão como Castro, Góis ou Motta. Dunga teve que superar o apelido ridículo para ser um campeão, assim como Pato e Ganso. Popó nocauteou Acelino. Fofão não seria uma estrela do vôlei como Hélia Pinto. Tim teria o mesmo sucesso como Sebastião Maia? Cartola seria famoso como Angenor de Oliveira? Lulu Santos seria um popstar como Luiz Maurício? Ninguém imagina Lobão cantando, falando e fazendo o que faz se fosse só João Luiz. Gay e transgressivo, Cazuza não poderia ser um ídolo do rock como Agenor Araújo. Paulinho Boca de Cantor, Gato Félix, Bolacha e Baby Consuelo, batizada como Bernardete, só poderiam ser dos Novos Baianos. Um dos apelidos recentes mais criativos é o aparentemente inofensivo Estebán, que é como a oposição venezuelana chama Hugo Chávez. É a abreviação de "este ban-dido". |
os hermetismos pascoais, os tons, os mil tons
Ou então cada paisano
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
(Trecho de "Podres Poderes" de Caetano Veloso)
Fonte:
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sinédoque
sinédoque
Figura de retórica, para muitos autores indistinta da figura da metonímia, ou considerada como um tipo de metonímia na qual se exprime uma parte por um todo ou um todo por uma parte (Moscovo caiu às mãos dos alemães), o singular pelo plural (quando o Gama chegou à Índia), o autor pela obra (estou a estudar Pessoa), a capital pelo governo do país ("Washington decidiu enviar tropas para o Iraque"), uma peça de vestuário pela pessoa que o usa (um vestido negro surgiu pela porta), etc. Na verdade trata-se da inclusão ou contiguidade semântica existente entre dois nomes e que permite a substituição de um pelo outro. Na literatura, abundam sinédoques com fins estéticos de provocar o inusitado nas expressões escolhidas:
"Que da Ocidental praia Lusitana" (para designar Portugal)
(Camões, Os Lusíadas, I, 1)
"Vós, ó novo temor da Maura lança" (para designar os exércitos mouros)
(Camões, Os Lusíadas, I, 6)
"Mas já o Príncipe Afonso aparelhava
O Lusitano exército ditoso
Contra o Mouro que as terras habitava" (para designar os exércitos mouros)
(Camões, Os Lusíadas, III, 42)
"Despois, na costa da Índia, andando cheia
De lenhos inimigos e artefícios" (para designar os navios)
(Camões, Os Lusíadas, III, 42)
Fonte:
sinédoque. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-09-01].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$sinedoque>.
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$sinedoque>.
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