quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Caixa de Pandora

A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser estudada (revelada).

Sua origem está relacionada ao mito grego do surgimento da primeira mulher, Pandora, criada pelos deuses para castigar o homem. Ela abriu um recipiente e libertou todos os males que se abateram sobre o homem. Segundo a mitologia a Terra era sombria e sem vida, os deuses e a natureza começaram a dar vida e pôr cada coisa em seu devido lugar, porém faltava um animal nobre que pudesse servir de recipiente para um espírito, essa tarefa ficou incumbida aos Titãs Epimeteu (aquele que reflete tardiamente) e Prometeu (aquele que prevê).

Epimeteu criou os animais dando-lhes todas as características distintas, Prometeu ficou responsável por criar um ser à imagem e semelhança dos deuses. Com isso pegou um pouco de terra e molhou com a água de um rio, obtendo assim argila, foi moldando-a com carinho e dedicação até conseguir uma imagem semelhante à de seus deuses. Porém, o homem estava sem vida, por isso Prometeu pegou todas as coisas boas que seu irmão Epimeteu colocou nos animais e também colocou no homem, mas ainda faltava algo mais forte. Prometeu tinha amizade com uma deusa, Atená, essa com admiração pela obra dos Titãs deu ao o homem o espírito que lhe faltava.

Após ter destruído seu próprio pai, Zeus voltou suas atenções para a humanidade recém-criada e dela cobrava devoção, sacrifícios em troca de proteção. A partir do momento em que Zeus e seus irmãos passaram a disputar poder com a geração dos Titãs, Prometeu, mesmo não tendo participado da batalha era visto como inimigo e os seres humanos uma ameaça constante.

Em defesa do homem Prometeu e Zeus se encontraram em Mecone (Grécia) para decidirem os deveres e os direitos da humanidade. Prometeu pediu para que os deuses cobrassem mesmo por sua proteção, para isso teve a idéia de por à prova o poder e a visão justa e clara de Zeus. Matou um belo e imenso touro, partiu-o ao meio e pediu para que os deuses do Olimpo escolhessem uma das partes, pois a outra caberia aos humanos. Porém, ele pôs em um dos montes apenas ossos e cobriu-os com o sebo do animal, esse apresentou ser maior que o outro monte de carne. Com toda sua soberba Zeus escolheu o monte maior, no entanto, ao descobrir que havia sido enganado por Prometeu, decidiu vingar-se dele negando à humanidade o último dos dons que necessitavam para se manterem vivos: o fogo.

Com o objetivo de salvar sua criação, Prometeu roubou uma centelha de fogo celeste e entregou aos homens. Ao perceber que o novo brilho que vinha da terra era fogo, Zeus decidiu se vingar do ladrão (Prometeu) e dos beneficiados com o fogo (a humanidade). Aprisionou Prometeu na parede de um penhasco na montanha caucasiana, com uma corrente inquebrável, todos os dias suas vísceras eram comidas pelas aves, como era imortal durante a noite os órgãos e restituíam e no dia seguinte as aves voltam e comiam novamente, assim era a sua tortura diária. Antes de ser aprisionado Prometeu deixou um recipiente, seu formato não é descrito ao certo, aqui será denominado de “caixa”, com seu irmão Epimeteu, e esse ficou incumbido de ser o guardião da caixa, não permitindo que ninguém se aproximasse dela. Para se vingar do homem, Zeus resolveu criar a mulher com a ajuda dos demais deuses, nela cada um dos deuses pôs uma de suas qualidades, dente elas a beleza e a inteligência e deu-lhe o nome de Pandora.
Zeus a enviou de presente para Epimeteu, esse não deu ouvido aos conselhos que o irmão havia lhe dado antes de partir, que era para não aceitar nenhum presente dos deuses, aceitou Pandora.

Ela o seduziu e, após cair na armadilha de Zeus, Epimeteu caiu em um sono profundo, aproveitando-se disso Pandora abriu a caixa e quase todos os males que estavam lá dentro foram libertos, coisas tão ruins a amedrontaram fazendo-a fechar a caixa, porém, o último e mais importante permanecera dentro da caixa, o destruidor da esperança.
Por isso a mulher ficou conhecida como o grande mal da humanidade. A estória mitológica é um pouco semelhante à bíblica, da criação do homem e da mulher (Adão e Eva), pois nessa a mulher também é a responsável pela desgraça humana.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/filosofia/caixa-de-pandora.htm

O Doente Imaginário

Le malade imaginaire (br: O Doente Imaginário / pt: O Doente de Cisma) é a última peça de teatro escrita por Molière. A sua primeira representação teve lugar a 10 de Fevereiro de 1673. Apenas uma semana depois, a 17 de Fevereiro, durante a quarta representação da peça, Molière desmaiou, tendo falecido pouco depois.

A peça, composta por três actos, contemplava, na sua versão original, alguns interlúdios de dança e música, estes últimos da autoria do compositor Marc-Antoine Charpentier.


Sinopse
A peça conta a história de um velho hipocondríaco, Argan, que se julga doente sem de facto o estar, e que, por isso, acata toda e qualquer ordem do médico que, por sua vez, se aproveita da situação.

Argan quer que sua filha Angélique se case com o filho de um médico para que ele receba tratamento médico como favor de seu genro, ainda que ela estivesse apaixonada por Cléante.

Junto com a empregada de Argan, Toinette, seu irmão Bérald tenta "curar" Argan de sua fixação em médicos. Juntos, eles o convencem a se fingir de morto para descobrir quem é realmente leal e gosta dele. Assim, torna-se patente que a segunda esposa de Argan está atrás apenas de seu dinheiro, enquanto que sua filha realmente o ama. Após a "ressureição" do supostamente morto Argan, Angélique está livre para se casar com quem quer que escolhesse.

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Doente_Imagin%C3%A1rio

sábado, 23 de agosto de 2008

Euclides da Cunha

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços do litoral. A sua aparência, entretanto, no primeiro lance de vista, revela o contrário(...). É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasimodo (...) é o homem permanentemente fatigado (...) Entretanto, toda essa aparência de cansaço ilude (...) No revés o homem transfigura-se . (...) e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias."

Trecho do livro "Os Sertões".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Sert%C3%B5es

Morreu em 1909. Ao saber que sua esposa, mais conhecida como Ana de Assis, o abandonara pelo jovem tenente Dilermando de Assis - e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos de Ana, "a espiga de milho no meio do cafezal" (querendo dizer que era o único louro numa família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer. Dilermando era campeão de tiro e o matou. Tudo indica que o matou lealmente, apesar de ter enfiado um cabo de vassoura em seu ânus quando ele ainda agonizava dos seus ferimentos de arma de fogo. Foi absolvido na Justiça Militar por tratar-se de legítima defesa. Ana casou-se com ele.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O Homem Cordial

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jeitinho

Sérgio Buarque de Holanda, em "O Homem Cordial", fala sobre o brasileiro e uma característica presente no seu modo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que significa coração. Portanto o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas aquele que age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinção entre o privado e o público, ele detesta formalidades, põe de lado a ética e a civilidade.

Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro, descrito como “o homem cordial” pelo antropólogo Sérgio Buarque de Hollanda. No livro “Raízes do Brasil”, este autor afirma que o indivíduo brasileiro teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade. Deva-se isso ao fato de as instituições brasileiras terem sido concebidas de forma coercitiva e unilateral, não havendo diálogo entre governantes e governados, mas apenas a imposição de uma lei e de uma ordem consideradas artificiais, quando não inconvenientes aos interesses das elites políticas e econômicas de então.

Daí a grande tendência fratricida observada na época do Brasil Império, tendência esta bem ilustradas pelos episódios conhecidos com Guerra dos Farrapos e Confederação do Equador.
Na vida cotidiana, tornava-se comum ignorar as leis em favor das amizades. Desmoralizadas, incapazes de se imporem, as leis não tinham tanto valor quanto, por exemplo, a palavra de um “bom” amigo; além disso, o fato de afastar as leis e seus castigos típicos era uma prova de boa-vontade e um gesto de confiança, o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência. De acordo com testemunhos de comerciantes holandeses, era impossível fazer negócio com um brasileiro antes de se fazer amizade com este. Um adágio da época dizia que “aos inimigos, as leis; aos amigos, tudo”. A informalidade era – e ainda é – uma forma de se preservar o indivíduo.

Sérgio Buarque avisa, no entanto, que esta “cordialidade” não deve ser entendida como caráter pacífico. O brasileiro é capaz de guerrear e até mesmo destruir; no entanto, suas razões animosas serão sempre cordiais, ou seja, emocionais.

flectere si nequeo superos, Acheronta movebo*

The word is also occasionally used as a synecdoche for Hades itself. Virgil mentions Acheron with the other infernal rivers in his description of the underworld in Book VI of the Aeneid. In VII, line 312 he gives to Aeneas the famous saying, flectere si nequeo superos, Acheronta movebo: 'If I cannot deflect the will of Heaven, I shall move Hell.' The Acheron was sometimes referred to as a lake or swamp in Greek literature, as in Aristophanes' The Frogs and Euripides' Alcestis. In Dante's Inferno, the Acheron river forms the border of Hell. Following Greek mythology, Charon ferries souls across this river to Hell.
http://en.wikipedia.org/wiki/Acheron

* se não puder dobrar os deuses de cima, comoverei o Aqueronte

Nietzsche

http://www.fflch.usp.br/df/gen/index_port.html

Ordália

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ord%C3%A1lia

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

The Last Castle - A Última Fortaleza





Ne Me Quitte Pas

Ne Me Quitte Pas.
Não me Deixes (Tradução).
(Jacques Brel).
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
É preciso esquecer, Il faut oublier
Tudo se pode esquecer Tout peut s'oublier
Que já para trás ficou. Qui s'enfuit deja
Esquecer o tempo dos mal-entendidos Oublier le temps Des malentendus
E o tempo perdido a querer saber como Et le temps perdu A savoir comment
Esquecer essas horas, Oublier ces heures
Que de tantos porquês, Qui tuaient parfois
Por vezes matavam a última felicidade. A coups de pourquoi Le coeur du bonheur
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes. Ne me quitte pas
Te oferecerei Moi je t'offrirai
Pérolas de chuva Des perles de pluie
Vindas de países Venues de pays
Onde nunca chove; Où il ne pleut pas
Escavarei a terra Je creuserai la terre
Até depois da morte, Jusqu'apres ma mort
Para cobrir teu corpo Pour couvrir ton corps
Com ouro, com luzes. D'or et de lumière
Criarei um país Je ferai un domaine
Onde o amor será rei, Où l'amour sera roi
Onde o amor será lei Où l'amour sera loi
E você a rainha. Où tu seras reine
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes. Ne me quitte pas
Te Inventarei Je t'inventerai
Palavras absurdas Des mots insensés
Que você compreenderá; Que tu comprendras
Te falarei Je te parlerai
Daqueles amantes De ces amants là
Que viram de novo Qui ont vu deux fois
Seus corações ateados; Leurs coeurs s'embraser
Te contarei Je te racont'rai
A história daquele rei, L'histoire de ce roi
Que morreu por não ter Mort de n'avoir pas
Podido te conhecer. Pu te rencontrer
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes. Ne me quitte pas
Quantas vezes não se reacendeu o fogo On a vu souvent Rejaillir le feu
Do antigo vulcão De l'ancien volcan
Que julgávamos velho? Qu'on croyait trop vieux
Até há quem fale Il est paraît-il
De terras queimadas Des terres brûlées
A produzir mais trigo; Donnant plus de blé
Que a melhor primavera Qu'un meilleur avril
É quando a tarde cai, Et quand vient le soir
Vê como o vermelho e o negro *Pour qu'un ciel flamboie
Se casam *Le rouge et le noir
Para que o céu se inflame. *Ne s'épousent-ils pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes. Ne me quitte pas
Não vou chorar mais, Je ne vais plus pleurer
Não vou falar mais, Je ne vais plus parler
Escondo-me aqui Je me cacherai là
Para te ver À te regarder
Dançar e sorrir, Danser et sourire
Para te ouvir Et à t'écouter
Cantar e rir. Chanter et puis rire
Deixa-me ser a sombra da tua sombra, Laisse-moi devenir L'ombre de ton ombre
A sombra da tua mão, L'ombre de ta main
A sombra do teu cão. L'ombre de ton chien
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes, Ne me quitte pas
Não me deixes Ne me quitte pas

Brigam Espanha e Holanda

Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar.

Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.

http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/p99/p991544.htm

Leandros do Helesponto

[...]
E esses Leandros do Helesponto novo
Se resvalaram — foi no chão da história...
Se tropeçaram — foi na eternidade...
Se naufragaram — foi no mar da glória...
E hoje o que resta dos heróis gigantes?...
Aqui — os filhos que vos pedem pão...
Além — a ossada, que branqueia a lua,
Do vasto pampa no funéreo chão.
[...]

Castro Alves


http://www.lunaeamigos.com.br/mitologia/heroeleandro.htm

http://pt.wikisource.org/wiki/Quem_d%C3%A1_aos_pobres,_empresta_a_Deus

http://www.ig.com.br/paginas/novoigler/livros/espumas_flutuantes/index.html

terça-feira, 5 de agosto de 2008

GABRIELA ANDERSEN-SCHIESS


Gabriela Andersen-Scheiss was a ski instructor in the U.S. state of Idaho when she represented Switzerland at the 1984 Olympics. Twenty minutes after the winner, Joan Benoit, crossed the finish line, the 39-year-old Andersen-Scheiss staggered into the stadium, suffering from heat prostration. Her right leg was stiff and her left arm was hanging limply by her side. While spectators gasped in horror, doctors noted that she was perspiring - a good sign - and they let her continue. For 5 minutes and 44 seconds, she lurched along the final lap around the track, occasionally stopping and holding her head. Finally she fell across the finish line and into the arms of waiting medics. Andersen-Scheiss placed 37th. Remarkably, she recovered rapidly and was released by medical personnel only two hours later.




http://www.youtube.com/watch?v=Zs4lbNPiat0&NR=1